Dia Internacional do Pânico

Dia Internacional do Pânico



Ataques de Pânico: um guia para saber como identificar e agir 

A 18 de Junho assinala-se o Dia Internacional do Pânico, data que pretende consciencializar sobre ataques de pânico. De acordo com o National Institute of Mental Health entre 1,7% e 2,3% da população mundial tem ataques de pânico, sejam estes episódios isolados ou que aconteçam com mais frequência. 

Descubra como identificar estes episódios e como agir quando acontecem. 

Mas afinal o que são ataques de pânico? Como saber se é um ataque de pânico? 

Os ataques de pânico são episódios repentinos de medo intenso, mesmo que não exista um perigo real ou aparente para esse medo, e provocam reações físicas graves. Apesar da experiência pode variar de pessoa para pessoa, sendo mais ou menos intensa, os ataques de pânico são uma experiência assustadora, na qual as pessoas acreditam estar a ter um ataque cardíaco ou mesmo à beira da morte. 

Não existe uma causa exata para os ataques de pânico, estes podem mesmo acontecer a qualquer pessoa. No entanto, existem alguns fatores que contribuem para que a probabilidade de estes ocorrerem seja maior: 

Genética: alguns estudos estabeleceram que existe os ataques de pânico podem ser hereditários. Isto significa que, se alguém na sua família tem ataques de pânico, existe um risco maior de vir a ter estes episódios. 

Stress: passar por experiências altamente stressantes – como divórcio, problemas no emprego ou a perda de um amigo ou familiar – podem desencadear ataques de pânico. 

Mudanças na vida: sobretudo para as pessoas que gostam de manter rotinas, mudanças significativas no seu dia a dia – como um novo emprego, uma gravidez ou um evento social de grande dimensão – podem ser gatilhos para provocar um ataque de pânico. 

Problemas de saúde mental: quem sofre de ansiedade, depressão ou outros transtornos mentais está mais propenso a ter ataques de pânico. 

Hábitos de Consumo: o consumo de substâncias como drogas, mas mesmo bebidas alcoólicas ou cafeína aumenta a probabilidade de sofrer ataques de pânico. Para pessoas com problemas de adição, na fase de desmame também é possível ocorrem estes episódios. 

Como identificar um ataque de pânico? 

Os ataques de pânico acontecem geralmente de repente e sem qualquer aviso prévio da sua chegada, podendo acontecer a qualquer momento e lugar. Para conseguir identificá-lo, estes são alguns dos sintomas mais comuns: 

  • Palpitações ou batimentos cardíacos acelerados 
  • Suores 
  • Tremores ou estremecimento 
  • Sensação de falta de ar ou asfixia 
  • Dor e/ou desconforto no peito 
  • Náuseas e desconforto abdominal 
  • Tonturas, vertigens ou sensação de desmaio 
  • Medo de perder o controlo ou medo de morrer 
  • Sensações de formigueiro ou dormência 

Os ataques de pânico podem durar apenas alguns minutos ou chegar à meia hora, no entanto a sensação de medo e desconforto possa perdurar por mais tempo. 

O que fazer quando se tem um ataque de pânico? 

Por ser um momento de elevado stress e, muitas vezes, de pouco discernimento, é importante saber algumas estratégicas para lidar com um ataque de pânico, seja para si ou para ajudar alguém à sua volta. 

Reconheça os sintomas: É importante compreender que está a ter um ataque de pânico e não o confundir com um problema de saúde mais grave. Esta perceção pode ajudar a reduzir o medo e a duração do ataque. 

Respire fundo: Respire lenta e profundamente. Inspire pelo nariz contando até quatro, segure o ar contando até quatro, e expire pela boca contando até quatro. Faça esta respiração algumas vezes de forma a acalmar o sistema nervoso. 

Use a técnica de grounding: Concentre-se em sensações físicas – como sentir a textura de um objeto nas suas mãos ou colocar os pés no chão. Estas pequenas ações podem ajudar a redirecionar a sua atenção e reduzir a intensidade e o tempo do ataque de pânico. 

Procure apoio: Se não está sozinho, fale com alguém em quem confie. Partilhar os seus sentimentos pode causar alívio emocional. 

Consulte um profissional de saúde: Se os seus ataques de pânico forem frequentes, procure ajuda de um médico ou psicólogo. Terapias, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), e, em alguns casos, medicação, podem ser eficazes. 

Apesar de extremamente assustadores, entender as suas causas, reconhecer os sintomas e saber como agir perante os ataques de pânico pode ajudar a controlar a situação. Neste dia, lembre-se que é essencial promover a compreensão e a empatia para com aqueles que sofrem estes episódios.